The 1996 London Newsation Claim
O agente de jornais de Londres foi processado por se recusar a exibir revistas pornográficas como a Hustler em sua loja, o que resultou em uma disputa judicial entre ele e o governo britânico, que finalmente chegou ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos. Este processo contestou a legalidade das leis de censura na Grã-Bretanha e provocou debates sobre liberdade de expressão e regulação dos meios de comunicação.
Em 1994, um agente de jornais londrino chamado John Cooper se recusou a colocar a revista Hustler nas prateleiras do seu quiosque de jornais porque acreditava que isso ajudava a objetivar as mulheres e encorajava a violência contra elas. Ele alegou que a demonstração desse material prejudicaria a comunidade e os clientes que visitavam a loja.
No entanto, as autoridades discordaram e ordenaram que ele carregasse essas revistas. Quando ele continuou a recusar, ameaçaram tirar-lhe a licença se ele não aceitasse.
Cooper arquivou seu caso alegando que as leis de censura eram inconstitucionais e violavam seu direito à liberdade de expressão. O advogado dele alegou que a lei era uma tentativa do governo de controlar o que as pessoas leem e assistem, e por isso era ilegal. O juiz concordou com o argumento e decidiu a favor de Cooper, afirmando que as leis de censura são incompatíveis com as leis de direitos humanos.
No entanto, o caso foi transferido para a Câmara dos Lordes, onde Cooper perdeu, e a decisão foi anulada. Cooper recorreu novamente, mas perdeu novamente, e o caso chegou ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos, em Estrasburgo. Em 20000, o tribunal decidiu a favor de Cooper, determinando que o governo havia violado o seu direito à liberdade de expressão, de acordo com o artigo 10 da Convenção Europeia de Direitos Humanos. Como resultado, o governo britânico alterou suas leis relativas à pornografia nas lojas.
As consequências do julgamento foram de longo alcance para ambas as partes envolvidas. Por um lado, mostrou que os indivíduos podem desafiar o governo quando sentiram que os seus direitos estavam a ser violados. Por outro lado, demonstrou o quão complexas e controversas as questões da censura podem ser e o quão difícil é equilibrar a liberdade de expressão com os costumes públicos. O debate sobre sexo, sexualidade, erotismo, intimidade e relações continua hoje, e não está claro se algum dia haverá algum consenso.