2013 foi um ano, e a cidade de Nova York lidou com discussões incomuns sobre se licenciar certas empresas que vendem produtos para adultos, como revistas, vídeos e novidades. Isto aconteceu depois de várias queixas sobre a aparência de alguns materiais vendidos nesses estabelecimentos. Alguns membros da sociedade acreditavam que estes materiais promoviam comportamentos imorais, enquanto outros acreditavam que era apenas liberdade de expressão. Isso levou o Conselho Municipal a tomar medidas e propor uma lei que exige que todas as empresas que vendem material para adultos recebam uma licença especial que lhes exigiria o cumprimento de certas diretrizes. As novas regras exigiam que as lojas mantivessem seus materiais atrás dos balcões, para que os menores não pudessem acessá-los facilmente, e que os sistemas adequados de iluminação e ventilação fossem instalados na loja.
Além disso, os funcionários precisavam passar por uma verificação de dados biográficos antes de serem contratados, e as lojas não podiam mais exibir letreiros com imagens sexualmente indicativas sobre as suas portas.
No entanto, muitas pessoas se opuseram a esta lei porque consideravam que era uma violação dos direitos de liberdade de expressão concedidos pela Constituição. Muitos dos donos do negócio disseram que as novas leis os forçariam a abandonar o negócio, porque não podem pagar taxas de licenciamento onerosas ou cumprir todos os requisitos estabelecidos no projeto de lei. Além disso, havia um temor entre os cidadãos de que, se estas empresas fechassem, isso poderia causar outros problemas, como o aumento dos índices de criminalidade ou prostituição devido à escassez de recursos disponíveis para adultos em busca de entretenimento. Apesar dessas preocupações, o Conselho Municipal decidiu avançar com as novas regras que causaram controvérsia em todo o país.
O debate entre os que apoiaram o decreto proposto e os que se opuseram a ele foi intenso. Os apoiantes argumentaram que era preciso proteger as crianças da exposição a materiais que poderiam prejudicar o seu desenvolvimento, enquanto os opositores alegaram que era um ataque aos direitos constitucionais garantidos pela Primeira Emenda. Os dois lados pareciam ter pontos válidos, mas nada acabou mudando, porque nenhum dos lados se desviou da sua posição. Isso resultou em vários meses de negociações, com tentativas de compromisso, mas nenhum deles foi bem sucedido, até que, finalmente, em outubro de 2013, o Conselho Municipal de Nova York votou por unanimidade a favor da aprovação da lei, apesar dos protestos de alguns membros. A votação ocorreu após semanas de discussões acaloradas e reflexões sobre o que deve ser incluído na versão final da lei. Afinal, as empresas que vendem material para adultos agora devem pagar US $5,000 por uma licença a cada dois anos e seguir regras rígidas sobre como exibem seus produtos.
Além disso, os funcionários devem passar por uma verificação de dados biográficos antes de serem contratados, e as lojas não devem ter sinais à porta que sugiram pensamentos sexuais. Muitos argumentam que isso ainda é muito restritivo e viola o direito à liberdade de expressão, embora ofereça proteção para menores.
No entanto, outros acreditam que é um compromisso justo, dada a natureza delicada do problema em questão.
Após a aprovação do projeto de lei, várias organizações foram processadas contra ele, incluindo a ACLU (União Americana para as Liberdades Civis), que considerou que ele era muito restritivo e violava o direito das pessoas à liberdade de expressão. Eles observaram que este tipo de regulação foi visto uma e outra vez ao longo da história, quando os governos tentaram censurar um discurso que não concordavam ou que consideravam ofensivo.Os tribunais acabaram por decidir a favor do Conselho Municipal, alegando que, embora pudesse haver algumas restrições ao discurso, elas não eram grandes o suficiente para representar um peso excessivo para os direitos constitucionais. Assim, as leis entraram em vigor imediatamente, complicando a vida de muitos proprietários de lojas que de repente descobriram que tinham de fazer grandes mudanças se quisessem permanecer abertos. O debate prossegue hoje, mas uma coisa é certa: Nova Iorque tomou medidas para criar comunidades mais seguras, através de exigências mais rígidas de licenciamento.