Na madrugada de 4 de abril de 1985, dois agentes da polícia de Minneapolis foram a um quiosque de jornais local, onde encontraram quatro pessoas atrás do balcão. Quando um oficial se aproximou do balcão, viu alguns exemplares da revista Hustler à venda. Ele disse às pessoas que estavam a ser detidas por violar um decreto de indecência. As prisões provocaram a indignação de ambos os lados da questão, causando problemas legais que acabarão por causar mudanças na forma como os meios de comunicação para adultos são regulados em Minneapolis e no exterior.
A cidade de Minneapolis é conhecida por sua postura progressiva em relação à sexualidade e entretenimento para adultos. Na verdade, costumava ser chamado de São Francisco do Meio-Oeste.
No entanto, essa reputação foi ameaçada quando o prefeito Donald Fraser lançou uma campanha contra a pornografia. Ele defendeu que a cidade precisa proteger os cidadãos, especialmente as crianças, da exposição a materiais aparentes. Assim, trabalhou com a polícia para garantir o cumprimento da lei de indecência existente, que proíbe a venda de revistas e vídeos sexuais. Isso incluiu a proibição da venda de Hustler em quiosques de jornais e outras empresas.
Operadores de quiosques de jornais responderam alegando que a lei é inconstitucional e que devem ser autorizados a vender qualquer produto que escolherem. Eles também alegaram que a lei os perseguiu injustamente, ao mesmo tempo em que permitiu que grandes varejistas como o Walmart vendessem tais materiais sem consequências. O caso deles acabou chegando à Suprema Corte, que em 1986 decidiu a seu favor. A decisão, conhecida como Freeman v. City of Minneapolis, revogou as leis de indecência da cidade e abriu caminho para uma maior liberdade de expressão quando se trata de conteúdo para adultos.
Embora esta decisão tenha sido uma vitória para os defensores da liberdade de expressão, não pôs fim ao debate sobre o acesso de adultos à mídia em Minneapolis ou em qualquer outro lugar. Cidades de todo o país continuaram a lutar contra a melhor forma de regular o entretenimento para adultos, o que resultou em cobertores de lei e regulamentos em todo o território americano. Algumas áreas baniram completamente todo o conteúdo para adultos, enquanto outras adotaram abordagens mais nubladas que permitiram algumas formas de expressão, mas limitaram outras.
Nos anos seguintes às prisões de 1985, a relação com a sexualidade continuou a evoluir. Hoje, muitos pensam que a pornografia é uma diversão inofensiva, não uma ameaça à moralidade pública.
No entanto, alguns continuam preocupados com seu impacto sobre crianças e jovens. Assim, os governos continuam a lutar contra a melhor forma de encontrar um equilíbrio entre proteger os menores de materiais e respeitar os direitos dos adultos ao consumo do que escolhem.