As Nações Unidas adotaram muitos documentos, declarações e convenções para proteger os direitos de todas as pessoas em todo o mundo. Entre eles está a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que foi aprovada pela Assembleia Geral em 1948 e continua a ser um dos mais importantes instrumentos do direito internacional. A WPDH estabelece liberdades e direitos fundamentais que são universalmente aplicáveis a todos, independentemente do sexo, religião, raça, origem nacional ou orientação sexual.
No entanto, houve um debate sobre como esse quadro global de direitos humanos lidava com as contradições entre as especificidades culturais, a soberania política e a proteção universal da população LGBT.
Uma abordagem é reconhecer a diversidade dentro da sociedade, ao mesmo tempo que cumpre padrões universais de direitos humanos. Isso significa reconhecer que diferentes culturas podem ter diferentes opiniões sobre questões como o casamento gay, mas ao mesmo tempo proteger as pessoas LGBT contra a discriminação e a violência. Outra abordagem é reconhecer que alguns países podem ter leis ou práticas que não se conformem com as normas internacionais de direitos humanos, mas devem respeitar essas normas em conjunto com outros países.
A terceira abordagem consiste em garantir flexibilidade na interpretação dos padrões de direitos humanos baseados em condições locais.
Por exemplo, alguns países muçulmanos podem afirmar que alguns aspectos da sharia são contrários à visão ocidental de direitos humanos. Mas isso não significa que eles devem negar direitos básicos às pessoas LGBT, como o acesso à educação, saúde e emprego.
No entanto, esta abordagem também tem problemas. Alguns argumentam que a flexibilidade pode levar a um caminho escorregadio quando os países usam a cultura ou as tradições para justificar as violações dos direitos humanos. Outros preocupam-se que a grande atenção às características culturais possa minar a universalidade dos padrões de direitos humanos.
Para terminar, superar as contradições entre as especificidades culturais, a soberania política e a proteção universal da população LGBT requer uma ação equilibradora. o marco global dos direitos humanos deve encontrar formas de proteger os direitos de todas as pessoas, reconhecendo as diferenças culturais e a soberania nacional.
Como é que as estruturas globais de direitos humanos lidam com as contradições entre as especificidades culturais, a soberania política e a proteção universal da população LGBT?
É verdade que vários desafios enfrentam a implementação de um sistema global de direitos humanos quando se trata de superar as tensões entre as especificidades culturais, a soberania política e a proteção universal da população LGBT. O problema mais importante é que os diferentes países podem ter diferentes normas e tradições culturais em relação à orientação sexual e à identidade de gênero. Isso significa que pode haver resistência de algumas comunidades que se opõem a certas formas de comportamento.