A medicalização do sexo se refere a um processo em que determinados profissionais de saúde determinam a identidade de gênero usando critérios biológicos ou psicológicos. O sexo é muitas vezes visto como algo existente entre a mente e o corpo, mas algumas pessoas acreditam que ele também pode ser compreendido através de fatores culturais ou sociais. Os filósofos discutiram se esta distinção tem consequências significativas na forma como nos entendemos. Alguns argumentam que a identidade de gênero deve ficar separada das características físicas, porque elas não afetam o que você é na raiz; outros dizem que não há um limite claro entre a experiência interna e a expressão externa. Este debate tem implicações importantes na forma como tratamos a sexualidade, o amor e a intimidade.
A ideia de que o comportamento humano pode mudar com uma intervenção cirúrgica ou terapia hormonal já foi controversa, mas hoje a maioria das sociedades ocidentais aceita pessoas transgêneros como membros reais de sua comunidade. Os procedimentos médicos permitem que as pessoas se expressem fisicamente de formas que lhes parecem corretas, sem medo de serem marcadas como desventuras ou não naturais. A atualização dessas práticas dificulta a afirmação de que há problemas morais que envolvem a alteração da sua aparência além do que a sociedade considera normal.
Nos últimos anos, as discussões filosóficas sobre ego têm sido menos focadas em questões de personalidade, tais como inteligência ou emoção, do que em questões relativas à encarnação, incluindo papéis de gênero. Um argumento sugere que se nós considerarmos o sexo como espectro e não categorias binárias, então precisamos rever nossa compreensão do que é um homem ou uma mulher «real». Outros afirmam que, embora homens e mulheres possam ter algumas características em comum (como os cromossomos), eles ainda são suficientemente diferentes para justificar o reconhecimento de identidades diferentes.
No entanto, os críticos afirmam que a medicalização compromete a ideia de que o sexo deve ser determinado por escolhas individuais e não por normas sociais impostas a nós pelos outros. Eles observam que muitas cirurgias incluem a remoção de partes saudáveis do corpo, o que pode causar complicações no futuro e deixar pacientes com cicatrizes emocionais que duram muito tempo após a cicatrização física. Também levanta questões éticas sobre se os médicos devem realizar cirurgias desnecessárias apenas porque alguém as quer - por exemplo, alguns afirmam que os pais que mutilam os genitais dos bebês para mais tarde atender às expectativas da sociedade causam danos irreparáveis aos filhos.
Como a medicalização do sexo forma a compreensão filosófica de si mesmo?
A medicalização do sexo se refere a um processo pelo qual as diferenças de gênero são explicadas e tratadas como se fossem distúrbios fisiológicos que precisam ser corrigidos do ponto de vista médico. Este fenômeno foi amplamente discutido pelos filósofos, que afirmam que desafia a nossa compreensão tradicional de si mesmo como uma entidade fixa e estável. De acordo com este ponto de vista, o corpo humano não é apenas uma máquina biológica, mas também uma construção social moldada por normas culturais e expectativas.