A busca pela diversidade racial tem sido um esforço constante em muitos setores, incluindo a revista Playboy. Em 1965, Playboy colocou homens e mulheres afro-americanos em suas capas, muitas vezes representando-os como atores, artistas e atletas. Essa tendência continuou no final dos anos 1980, quando Hugh Hefner começou a participar do movimento pelos direitos civis e a defender uma maior representatividade das minorias em sua edição. Em 2014, ele anunciou que substituiria os modelos brancos pelos negros para refletir melhor a crescente diversidade da sociedade. No entanto, nos últimos anos, essa tendência mudou para a utilização de modelos mais variados em todos os tipos de mídia, em vez de se concentrar apenas em um grupo ou raça específico. Embora ainda haja oportunidades de melhorias, parece que Playboy está dando passos no sentido de criar uma cultura mais inclusiva em suas páginas.
Playboy foi fundada em Chicago em 1953 por Hugh Hefner, que queria criar uma publicação que celebrasse as mulheres e sua sexualidade. A revista rapidamente ganhou popularidade e logo se expandiu para entrevistas com pessoas famosas, como Malcolm X e Martin Luther King Jr., junto com artigos sobre política, música e cinema. Ele também se tornou conhecido por suas sessões de fotos arriscadas com modelos vestidos com coelhos que usam pouca roupa. No entanto, apesar de sua reputação progressista, a revista tem sido criticada durante muito tempo por sua falta de diversidade racial, tanto entre os funcionários como entre os modelos.
A decisão de Hefner de contratar Darin Stern como modelo para a capa em 1971 marcou um passo importante na história da Playboy. Só depois daquela edição, outra mulher afro-americana voltou a ter um solo na capa. Desde então, a revista tem mostrado regularmente homens e mulheres negros como atores, artistas, atletas, músicos e outras figuras públicas. Além de publicar entrevistas com pessoas poderosas de todos os segmentos da sociedade, a Playboy também promoveu a igualdade através de sua coluna «Racialmente diversificado», que expõe minorias que influenciaram a sociedade. Esta seção oferece aos leitores uma visão do que significa fazer parte de uma comunidade marginal, ao mesmo tempo em que assinalam suas conquistas.
A busca por uma maior representatividade continua hoje, porque a Playboy está à procura de talentos mais variados para suas próximas edições. Nos últimos meses, a revista mostrou modelos como Iman e Naomi Campbell, junto com celebridades brancas famosas como Kim Kardashian West e Rihanna. Enquanto alguns podem afirmar que essa mudança simplesmente está relacionada com estratégias de marketing, e não com um verdadeiro compromisso com questões de justiça social, outros acreditam que ela mostra o progresso na criação de um ambiente mais inclusivo no setor. Só o tempo dirá se a Playboy realmente se compromete a representar todas as raças de igual para igual ou se, no futuro, será predominantemente caucasiana por natureza.