A ideia de que alguém pode ser responsável por suas dificuldades sexuais é comum, mas muitas vezes desrespeita a exposição a fatores externos, como a traição da confiança por um parceiro romântico. A traição pode levar a um sentimento de vergonha, culpa e baixa autoestima, o que pode levar a dificuldades para alcançar o orgasmo, iniciar o sexo ou até mesmo experimentar prazer durante a relação sexual. Alguns pesquisadores chamam este fenômeno de «síndrome do porno», alegando que as vítimas de traição se punem com disfunção sexual. Embora possa parecer ilógico, é importante reconhecer que a auto-culpabilidade tem um papel importante no processo de recuperação. Reconhecendo as causas profundas destes problemas e procurando ajuda quando necessário, as pessoas podem começar a tratar e restaurar a confiança nas relações futuras.
Estudos mostram que traições relacionadas com infidelidade, manipulação financeira ou abuso tendem a ter consequências mais graves do que as consequências de simples mal-entendidos.
Por exemplo, estudos mostram que as mulheres que foram enganadas experimentaram níveis mais altos de estresse em comparação com aquelas cujos parceiros simplesmente pararam de se comunicar sobre sexo.
No entanto, independentemente do tipo de traição, todos os casos têm a ver com violações de confiança e intimidade que podem influenciar profundamente a forma como as pessoas olham para o seu corpo e desejos. As vítimas podem sentir que não merecem amor ou desejo devido aos seus supostos defeitos, o que leva a um sentimento de inútil e preocupação em torno do sexo. Estas emoções podem se manifestar fisicamente em sintomas como redução da libido ou preocupação com a produtividade, o que torna a situação ainda mais difícil.
O tratamento de dificuldades sexuais associadas à traição muitas vezes inclui terapia com um especialista treinado que pode ajudar as pessoas a identificar e desafiar patternos negativos de pensamento. A terapia cognitivo-comportamental (CPT) é uma das abordagens que provou ser eficaz na redução da autocrítica e promoção de mudanças positivas. Graças à reestruturação cognitiva, os pacientes aprendem a substituir as crenças nocivas por crenças mais saudáveis, que sustentam o crescimento pessoal e a aceitação de si mesmos. A terapia de exposição também é usada para expor gradualmente as pessoas a situações que causam medo ou vergonha, ao mesmo tempo que as guia através da experiência. Isso permite aos clientes praticar novas estratégias para superar as dificuldades e aumentar a confiança em sua capacidade de se orientar sobre experiências sexuais.
Além da terapia, há passos práticos que os casais podem tomar para restaurar a confiança e criar espaços seguros para a intimidade. A comunicação é essencial, tanto verbalmente como não verbalmente. Os casais devem se esforçar para ouvir e confirmar os sentimentos do outro sem serem condenados. Reconhecer erros passados e trabalhar no perdão podem ajudar a reduzir o ressentimento e promover a compreensão. A intimidade física pode ser restaurada por meio de ações fora do ato sexual, tais como massagem, abraço ou retenção das mãos. É importante lembrar que o progresso nem sempre pode ser linear, mas com paciência e dedicação, a maioria das relações podem superar a infidelidade e avançar juntos.
Auto-culpabilidade é uma resposta comum à traição, especialmente quando se trata de disfunção sexual. Reconhecendo este fenômeno e procurando tratamento adequado, as vítimas podem começar a tratar e avançar em suas vidas. Com o tempo, a comunicação e a compaixão podem recuperar-se mesmo das piores traições e reencontrar a alegria no sexo.
Qual é o papel da autoficção das dificuldades sexuais sofridas após a traição por um parceiro?
O sentimento de vergonha e culpa é um dos fatores que influenciam a intimidade nas relações. Quando um parceiro engana uma pessoa, sente-se responsável pelo que aconteceu, apesar de não ser culpado. Isso pode levá-los a acusar-se de si mesmos, o que pode afetar negativamente a sua confiança sexual. A auto-culpabilidade pode causar falta de desejo e preocupação durante o contato sexual, resultando em dificuldades para alcançar ou manter a excitação.