Estudar o comportamento sexual humano foi uma área de interesse para muitos pesquisadores que pesquisaram seus vários aspectos para entender por que as pessoas se comportam de uma certa forma quando se trata de expressar seus interesses românticos em relação umas às outras. Vale notar que há alguns estereótipos comuns relacionados com a iniciação sexual, segundo os quais a maioria das pessoas acredita que os homens são mais propensos a iniciar relações sexuais do que as mulheres.
No entanto, esta afirmação pode ser controversa dependendo do contexto em questão, pois existem vários fatores, como cultura, idade, raça, personalidade e socialização, que afetam a vontade da pessoa de tomar a iniciativa durante a relação sexual. Em geral, acredita-se que os homens devem dominar as mulheres porque elas nascem com níveis mais altos de testosterona, o que lhes dá uma vantagem quando se trata do primeiro movimento. Mas o que acontece se alguém não estiver confiante ou não quiser controlar? É uma patologia ou apenas uma questão de escolha?
Quando se trata de começar a fazer sexo em uma nova relação, os homens tendem a assumir um papel ativo, enquanto as mulheres preferem esperar que seus parceiros tomem um passo. Esta discrepância pode ser explicada pelas normas culturais, onde as mulheres são consideradas passivas, enquanto os homens são agressivos. Segundo os psicólogos, estes papéis de gênero influenciam a forma como as pessoas abordam o sexo, levando a comportamentos estereótipos.
Por exemplo, as mulheres podem se considerar menos atraentes do que os seus colegas homens, por isso não têm confiança em si mesmas para dar o primeiro passo. Por outro lado, os homens muitas vezes interpretam a rejeição como uma reação negativa de potenciais parceiros, por isso evitam falar diretamente com as mulheres, mas esperam sinais delas antes de se envolver com a atividade sexual.
Além de influências culturais, a personalidade tem um papel importante para determinar se alguém vai ou não começar o sexo. Pessoas que são tímidas ou introvertidas por natureza tendem a ficar longe de situações de contato físico, especialmente se se sentirem desconfortáveis por problemas de intimidade. Por isso, preferem deixar que os outros assumam a responsabilidade em vez de correr o risco de serem rejeitados por medo de rejeição ou constrangimento.
Por outro lado, algumas pessoas podem simplesmente decidir não começar o sexo por respeito aos sentimentos e limites pessoais de seu parceiro, porque elas valorizam o vínculo emocional mais do que a satisfação física. Eles podem considerar que, se as relações são baseadas no entendimento e na confiança, não é preciso apressar as coisas, não tendo em conta as necessidades e desejos uns dos outros. Assim, tomar controle durante a relação sexual pode causar equívocos e ferir sentimentos que destruirão qualquer interação futura entre os dois parceiros.
Além disso, alegou-se que os homens que apresentam altos níveis de domínio têm melhores chances de sucesso com as mulheres do que aqueles que preferem dividir o poder de igual para igual. Neste caso, os homens que agem de forma agressiva contra as mulheres são considerados como homens, tornando-os mais desejados em relacionamentos.
No entanto, se esse comportamento for longe demais, pode ser visto como ofensivo e até violento, levando a gravidez indesejada e DST. Portanto, é necessário que as pessoas respeitem o equilíbrio entre a pressão e a passividade, para que ambas as partes consigam o que querem, evitando a tensão desnecessária nas relações.
Para terminar, a iniciação sexual é um aspecto intrínseco de qualquer interação romântica, mas deve ser feito com cuidado para evitar qualquer efeito negativo em seguida.Enquanto os homens tendem a assumir a maior parte do tempo, as mulheres também devem se sentir livres quando encontram alguém atraente sem esperar que ele/ela dê o primeiro passo. Ambos os sexos devem aprender a comunicar-se com eficiência em relação às suas expectativas e necessidades antes de realizar atividades íntimas para garantir a satisfação e a segurança nas relações.
Por que a iniciativa sexual em novas relações é muitas vezes interpretada como uma medida de confiança, enquanto a falta de iniciativa pode ser patologizada como falta de interesse?
Estudos indicam que a iniciativa sexual pode ser vista como um indicador de autoconfiança e engajamento, qualidades que normalmente estão associadas a um nível mais elevado de atratividade. Pelo contrário, a falta de iniciativa sexual pode ser visto como um sinal de baixa autoestima ou timidez, o que pode levar a julgamentos negativos sobre a desejabilidade de uma pessoa.