Satisfação sexual é frequentemente citado como um fator importante que afeta a qualidade do casamento e o bem-estar geral.
No entanto, estudos mostram que ele também pode desempenhar um papel na forma como as pessoas respondem a eventos de vida estressantes.
Por exemplo, em um estudo, casais que relataram altos níveis de satisfação sexual eram mais propensos a relatar melhorias de humor e menos ansiedade após um evento estressante em comparação com aqueles que relataram níveis baixos de satisfação.
Além disso, a maior satisfação sexual foi associada a níveis mais baixos de cortisol, hormônio associado ao estresse. Em outro estudo, homens que tiveram uma tarefa estressante demonstraram uma redução maior dos níveis de testosterona quando relataram insatisfação com suas relações sexuais do que aqueles que não o fizeram. Estes dados indicam que a satisfação sexual pode resistir aos efeitos negativos do estresse nos resultados psicológicos e fisiológicos.
No entanto, não se sabe muito sobre se esse efeito se estende à coesão familiar e felicidade percebidas. Este ensaio abordará a questão através do estudo dos efeitos do estresse sobre os diferentes indicadores de coesão familiar e felicidade percebidas, e como esses resultados são indiretos pela satisfação sexual.
Métodos:
Os dados de uma pesquisa longitude feita entre adultos heterossexuais casados ou conviventes (n 100) foram usados para resolver esta questão. Os participantes preencheram questionários avaliando seu nível de satisfação com o casamento/convivência, a percepção de coesão familiar e felicidade a cada dois meses durante seis meses. Durante esse tempo, os participantes também relataram qualquer evento de estresse grave (por exemplo, perda de emprego, doença, morte de uma pessoa próxima).
Resultados:
Como esperado, a exposição ao estresse foi atribuída à redução da satisfação com o casamento/convivência, coesão familiar e felicidade.
No entanto, esses efeitos foram parcialmente indiretos pela satisfação sexual. Em particular, casais que experimentaram uma atividade sexual mais frequente e satisfatória relataram menos satisfação com o casamento/convivência e coesão familiar após estresse em comparação com aqueles que tinham menos sexo.
Além disso, pessoas que relataram níveis mais elevados de satisfação sexual antes do estresse tenderam a sofrer uma redução maior dos sintomas de depressão após o evento.
Discussão:
Estes resultados confirmam a ideia de que a satisfação sexual pode resistir aos efeitos negativos dos estresses sobre a coesão familiar e a felicidade percebidas. Eles sugerem que uma atividade sexual regular e satisfatória pode ajudar a proteger as pessoas e suas relações durante o stress. Além disso, eles destacam a importância da satisfação sexual como um componente importante do bem-estar geral e qualidade de vida. Estudos futuros devem investigar como as diferenças individuais de satisfação sexual (isto é, frequência, variedade, novidade etc.) afetam a relação entre estresse e resultados.
Além disso, são necessários esquemas longestrais para investigar se mudanças na satisfação sexual prevêem mudanças em outras áreas, como saúde mental ou saúde física.
Em geral, estes resultados são importantes para a prática clínica, onde promover a satisfação sexual pode ser um aspecto importante do tratamento de pessoas com estresse.
A satisfação sexual pode induzir os efeitos do estresse sobre a coesão familiar e a felicidade percebidas?
Estudos mostram que a satisfação sexual pode desempenhar um papel importante no alinhamento entre vários fatores de estresse, tais como pressão de trabalho, problemas financeiros, e conflitos familiares e percepção de coesão familiar e felicidade geral. Em outras palavras, as pessoas que experimentam maiores níveis de satisfação sexual podem lidar melhor com o estresse, encontrando conforto e apoio em suas relações românticas.