Sabe-se que movimentos nacionalistas, populistas ou autoritários usam sentimentos anti-LGBT em benefício próprio. Estes grupos costumam afirmar que os LGBT são uma ameaça para os valores tradicionais e para a sociedade, e usam este narratório para justificar políticas e ações que minam os direitos humanos e a democracia. Alimentando o medo de gays e transgêneros, esses movimentos podem unir os apoiantes em torno de ideologias comuns e reforçar o apoio à sua agenda.
Uso do sentimento anti-LGBT
Movimentos nacionalistas, populistas e autoritários buscam controlar a sociedade através da manipulação de ideias e emoções. Na Rússia, por exemplo, onde a homofobia é generalizada, os nacionalistas usam a retórica anti-gay para obter o apoio dos eleitores conservadores e criar uma base de poder. Da mesma forma, na Hungria, onde há poucas leis que protegem os direitos LGBT, os nacionalistas tentaram proibir as paradas gays e promover a heteronormatividade como parte de sua plataforma política.
Consolidação do controle através do medo
Estes grupos sabem como tirar proveito da insegurança das pessoas e preocupações com relação à sexualidade e identidade de gênero. Eles divulgam informações falsas sobre o perigo de ser LGBT, por exemplo, de que isso leva à pedofilia ou destrói valores familiares. Isso cria um ambiente de medo e desconfiança, o que torna as pessoas mais propensas a adotar políticas rígidas para os LGBT. Em alguns casos, isso inclui a proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo, a criminalização das manifestações públicas de afeto entre casais do mesmo sexo ou mesmo a violência contra pessoas LGBT.
Manipulação de emoções e ideologias
Além da exploração do medo, esses movimentos também manipulam ideologias relacionadas com religião, tradição e moral. Eles consideram os direitos LGBT como uma ameaça a essas crenças básicas, fazendo-os parecer uma ofensa aos princípios mais básicos da sociedade. Assim, criam uma sensação de urgência em torno da preservação dos valores tradicionais e da prevenção da «decomposição moral». Isso pode resultar em medidas extremas, incluindo censura e intolerância aos LGBT.
Os efeitos da retórica anti-LGBT
Os efeitos do sentimento anti-LGBT nesses contextos podem ser graves. Isso pode levar a agressões físicas contra pessoas LGBT, discriminação no emprego e moradia e isolamento de amigos e família. Isso também pode dificultar o acesso dos LGBT à saúde, educação e outros serviços básicos.
Além disso, aumenta os estereótipos e o estigma, resultando em mais marginalização e desigualdade.
Opor-se ao sentimento LGBT
Para contrariar o sentimento anti-LGBT, devemos desafiar as narrativas que o alimentam. Devemos promover a inclusão, o respeito e a compreensão em todas as comunidades. Temos de nos educar sobre as questões que enfrentam os LGBT e trabalhar em prol da igualdade e da justiça para todos. Devemos rejeitar a ideia de que certos grupos são menos dignos de dignidade e respeito do que outros, e devemos enfrentar qualquer política ou movimento que promova esse tipo de divisão.
Como é que movimentos nacionalistas, populistas ou autoritários usam o sentimento anti-LGBT para consolidar o controle social e político?
Nacionalistas, populistas e autoritários costumam confiar que grupos minoritários como os LGBT são bodes expiatórios para reforçar sua legitimidade e ganhar poder. Ao retratar os LGBT como uma ameaça aos valores e instituições tradicionais, eles podem causar medo e hostilidade entre os seus apoiantes e juntá-los pela sua causa.