A Google removeu o aplicativo Hustler de sua loja na semana passada após determinar que ele violava a política de conteúdo para adultos. O aplicativo permitia aos usuários criar vídeos pornográficos personalizados com suas próprias fotos, que podiam compartilhar com outros usando a app. Esta decisão foi tomada como parte de um esforço maior da Google para combater aplicativos que distribuem material franco através de sua plataforma. Nos últimos meses, vários aplicativos semelhantes foram desligados devido a violações de políticas relacionadas a questões de segurança infantil ou direitos autorais.
No entanto, esta ação específica é destacada pela rapidez com que ela foi tomada após um protesto público sobre a presença do aplicativo no mercado. Após a divulgação de que a Hustler desenvolveu um aplicativo Android que permite aos usuários gravarem a si mesmos na Internet e disponibilizarem estas gravações para serem vistas por outras pessoas sem autorização, os pedidos de ação contra elas foram amplamente difundidos. Alguns comentaristas afirmaram que esse comportamento era exploratório e ofensivo contra as mulheres, enquanto outros defendiam a empresa, dizendo que ela estava apenas oferecendo um serviço legal ao qual as pessoas também queriam ter acesso. A disputa ressaltou tensões mais amplas sobre a desigualdade de gênero na cultura tecnológica, onde o domínio dos homens é frequentemente ditado, o que é um comportamento aceitável tanto entre engenheiros de software quanto entre desenvolvedores. Isso também levantou questionamentos sobre se as grandes corporações devem ser responsáveis por controlar conteúdos criados por indivíduos que talvez nem conheçam melhor do que impor melhores práticas na criação de produtos de mídia digital, como aplicativos móveis. O Google sempre seguiu regras rígidas sobre materiais sexuais disponíveis através de seus serviços, mas até agora essas regras foram aplicadas apenas indiretamente (por meio de parceiros de terceiros). Com este novo desenvolvimento, no entanto, podemos ver até onde eles estão dispostos a ir protegendo os menores da visualização de materiais potencialmente nocivos, ao mesmo tempo que atendem a um público adulto que desfruta de pornografia consensual fora das plataformas tradicionais, como canais de TV a cabo, ou paga para ver filmes em casa.