Orgasmo é um estado de prazer físico que pode ser alcançado durante a atividade sexual. Ele tem sido amplamente estudado durante décadas, mas ainda há muitos equívocos em relação a ele. Um desses equívocos é que as mulheres não conseguem atingir o orgasmo apenas com um ato sexual e precisam de estimulação do clitóris.
No entanto, pesquisas recentes sugerem o contrário. Na verdade, alguns estudos mostram que até 18% das mulheres experimentaram um orgasmo exclusivo do sexo penetrante, sugerindo que as opiniões tradicionais sobre o prazer de gênero talvez deveriam ser revisadas.
Os pesquisadores acreditam que esta descoberta coloca em dúvida a ideia de que os orgasmos vaginais são menos intensos do que os orgasmos clitorais. Esta conclusão também levanta questões sobre o papel das expectativas sociais na formação do prazer sexual feminino. O autor principal do estudo, Dr. Debbie Herbenick, afirmou que «Os resultados mostram que homens e mulheres devem investigar o que funciona melhor para eles, em vez de sugerir que eles sabem».
Outros estudos confirmam essa afirmação.
Por exemplo, um estudo mostrou que, quando os participantes receberam uma pílula que aumentava o fluxo de sangue para seus genitais, tanto homens como mulheres relataram orgasmos mais intensos do que aqueles que tomavam placebo. Isto sugere que as reações fisiológicas ao orgasmo podem não ser muito diferentes entre os sexos. Outro estudo mostrou que as mulheres com orgasmos vaginais tinham níveis mais altos de oxitocina e prolactina, hormônios relacionados com conexão e satisfação do que aquelas que não o fizeram. Isso pode indicar que orgasmos vaginais podem ser tão satisfatórios como outros tipos.
Apesar destes resultados, alguns céticos afirmam que o tamanho da amostra dessas pesquisas é muito pequeno para tirar conclusões.
Além disso, eles observam que muitos fatores podem influenciar o orgasmo, incluindo a conexão emocional e o estado mental.
No entanto, os autores defendem suas conclusões afirmando que é importante desafiar as noções tradicionais de prazer de gênero para melhorar a saúde e o bem-estar sexuais. Eles acreditam que explorar novas oportunidades e estratégias pode beneficiar todos os que estão envolvidos no contato sexual.
Para terminar, estudos recentes questionam a ideia de que apenas certos tipos de estimulação ou prazer de gênero podem levar ao orgasmo. Isso sugere que precisamos de rever as nossas suposições de prazer sexual e concentrar-nos no que é bom para cada pessoa. Ao fazermos isso, podemos criar uma vida sexual mais justa e completa para todos.
Como o estudo do orgasmo desafia as noções tradicionais de prazer de gênero?
O estudo do orgasmo mostrou que as mulheres podem alcançar o orgasmo com masturbação ou relações sexuais apenas com ou sem estimulação clitoral. Estes resultados desafiam o ponto de vista tradicional de que o prazer feminino é alcançado apenas através da penetração vaginal durante a relação sexual, enquanto o prazer masculino depende da ejaculação (clímax).