Nos últimos anos, muitas revistas têm usado layouts digitais para criar suas publicações, o que leva a uma mudança clara de estilo e representação em comparação com amostras anteriores.
Por exemplo, as capas de revista costumam exibir grandes fotos que ocupam a maior parte da página, enquanto o texto é minimizado, criando um efeito atraente. Da mesma forma, as páginas internas são cada vez mais preenchidas com gráficos coloridos e ilustrações, em vez de fotos tradicionais em preto e branco. Esta mudança teve um impacto significativo na forma como os leitores veem a própria revista, com um certo sentimento de que ela se tornou demasiado comercializada ou menos pessoal do que antes.
No entanto, outros apreciam a nova abordagem por seu frescor e dinamismo, fazendo com que cada edição pareça mais brilhante e excitante.
Em geral, esta mudança para layouts digitais tornou as revistas mais visualmente atraentes, mas também levanta questões importantes sobre o papel que elas desempenham na sociedade como porteiros de cultura e arte.
O Gent Journal foi publicado pela primeira vez em 1968 como uma edição contracultural dedicada a explorar a relação entre moda, música e política. Suas edições iniciais foram marcadas por sua identidade visual clara, com ilustrações desenhadas como uma colagem de layouts e tipografias ousadas. Estas decisões de design refletiam o espírito rebelde da revista e o compromisso com a contestação das normas básicas. Com o passar do tempo, Gent começou a incluir mais ferramentas digitais no seu processo de produção, afastando-se gradualmente do seu modelo original, apenas para impressão. Este passo permitiu-lhes experimentar vários formatos e estilos, como capas de grande formato e uso inovador de tipografias. No final dos anos 80, Gent tornou-se uma das publicações mais influentes da Europa, conhecida por seu estilo avançado e conteúdo provocativo.
Apesar do sucesso dessas mudanças, muitos sentiram que «Gent» havia perdido algo neste caminho - ou seja, um sentimento de intimidade e conexão com o seu público leitor. Alguns críticos afirmam que a mudança para layouts digitais levou à homogeneização do estilo e à perda de personalidade entre as revistas. Outros observam que essa mudança foi necessária para sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo. Qualquer que seja a sua opinião, não podemos negar que a evolução de Gent demonstra como a tecnologia pode mudar mesmo as formas mais tradicionais de mídia. Hoje, ela continua a liderar a cultura moderna, continuando a abrir fronteiras e desafiar as expectativas.