Os dramaturgos são escritores que criam histórias para a produção de palco. Um tema geral que é explorado nas peças é a coerção sexual nos âmbitos institucional e familiar. Isto pode incluir situações em que alguém usa o seu poder para forçar outra pessoa a ter uma atividade sexual indesejada, como violação ou assédio. Nesses cenários, muitas vezes as vítimas têm dificuldade em obter justiça, porque podem temer as consequências de avançar ou ter dificuldades em provar que estão certos.
Os marcos institucionais se referem às regras e regulamentos estabelecidos por entidades como escolas, empregos e instituições públicas. Nestas estruturas, a coerção sexual pode ocorrer entre empregados, empregadores, estudantes, professores ou membros do público.
Por exemplo, um chefe pode pressionar um funcionário a fazer sexo em troca de uma promoção, ou um professor pode chantagear um estudante. Além disso, pode haver normas culturais relativas aos papéis de gênero que tornam mais aceitável para os homens perseguirem as mulheres sem consentimento.
Os marcos familiares se referem à dinâmica entre os membros da família, incluindo pais, filhos, irmãos e irmãs, familiares e parceiros. A coerção sexual pode ocorrer quando um membro da família explora outro para benefício pessoal, segurança financeira ou necessidades emocionais.
Por exemplo, um pai pode abusar da filha ou um irmão pode usar a irmã. Estes casos muitas vezes não são relatados por vergonha e medo de destruir uma relação.
Em peças, os dramaturgos exploram como esses cenários se desenvolvem através do diálogo e desenvolvimento do personagem. Eles mostram como os personagens respondem à coerção, por que eles podem ser sua vítima e quais são as consequências de suas ações. Ao retratar estes problemas no palco, os dramaturgos aumentam a consciência da prevalência da coerção sexual e dão uma ideia de como a sociedade pode resolvê-los.
Por exemplo, «Os monólogos da vagina», da dramaturga Eva Ensler, aborda várias formas de violência sexual contra as mulheres, incluindo estupro, incesto e vegetação. Ele apresenta histórias contadas por vítimas que retomam o poder sobre o seu corpo e rejeitam a atitude patriarcal em relação à sexualidade feminina. Outra peça, «Passas ao sol», mostra como o racismo e o sexismo se cruzam, criando um ambiente opressivo onde uma jovem negra é pressionada a ter um caso com o seu dono branco. A peça acaba por preferir deixá-lo em vez de sacrificar a sua dignidade.
Em geral, dramaturgos usam seu ofício para esclarecer temas complexos, como a coerção sexual nos âmbitos institucional e familiar. Os seus trabalhos inspiram a discussão e a ação, ao mesmo tempo em que criam empatia com aqueles que são abordados pela questão.
Como os dramaturgos representam a coerção sexual no âmbito institucional e familiar?
A coerção sexual é frequentemente retratada como um dos problemas mais significativos que surgem em muitas peças devido aos seus efeitos devastadores na saúde mental, autoestima, relações sociais e identidade pessoal das vítimas. As peças são um excelente meio para os dramaturgos ilustrarem como as pessoas podem ser vítimas de violência sexual, especialmente quando se sentem presos por membros de sua família e instituições, como escolas, empregos e organizações religiosas.